quinta-feira, 29 de abril de 2010

O PAPEL DA FISIOTERAPIA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

O papel da fisioterapia na Incontinência urinária

Ao contrário do que se imagina a incontinência urinária não é uma conseqüência normal da idade, embora os músculos do trato urinário possam perder algum tônus com o envelhecimento.

A incontinência urinária é um problema muito comum, podendo ser causada por gravidez, parto, menopausa, excesso de peso, doenças neurológicas como AVC (acidente vascular cerebral), Parkinson, cirurgias de baixo ventre e até estresse. Hoje se sabe que pelo menos um terço das pessoas com mais de 60 anos de idade sofrem de incontinência urinária, que acomete duas vezes mais mulheres que homens.

A incontinência pode variar de um pequeno escape ocasional até a completa incapacidade de conter a urina, mas, embora traga sérios transtornos à vida do indivíduo, não se trata de uma doença e sim de uma condição que pode levar, inclusive, a sérias depressões. A maioria das pessoas demora a pedir ajuda por causa da vergonha ou por não admitir o problema. Só que a incontinência urinária tende a se agravar.


FISIOTERAPIA UROGINECOLOGICA

Dentre as áreas de atuação da fisioterapia, a fisioterapia em uroginecologia é uma especialidade que atua no tratamento conservador das disfunções urogenitais e anorretais como, por exemplo, a incontinência urinária de esforço a IUE e as distopias genitais, entre as mais conhecidas está a ‘queda de bexiga’. A fisioterapia é apontada como procedimento de primeira escolha no tratamento destas disfunções visto que vários estudos têm mostrado a possibilidade desta intervenção evitar ou postergar o processo cirúrgico.

A Fisioterapia Uroginecológica através da reeducação funcional do assoalho pélvico atua na prevenção e tratamento da incontinência urinária e fecal feminina.

A incontinência urinária caracteriza-se pela perda involuntária de urina de forma espontânea ou aos mínimos esforços. Esta situação torna-se um inconveniente, tanto no aspecto social quanto higiênico, visto que nos casos mais graves, esta perda pode ocorrer pela simples vontade de urinar.

O tratamento consiste no fortalecimento do assoalho pélvico (períneo) e na reeducação do funcionamento da bexiga.

A musculatura pélvico-perineal tem uma grande importância, sobretudo na mulher, por desempenhar um papel de fixação e de sustentação dos órgãos pélvicos. A reeducação pélvico-perineal deve ser usada, inclusive, de forma preventiva, com o objetivo de reeducar o assoalho pélvico e aumentar o tônus da musculatura perineal.

Podem ser submetidas ao tratamento homens e mulheres que apresentam incontinência urinária de qualquer natureza, mulheres climatéricas, pacientes com déficit neurológico que comprometa a função gênito-urinária e mulheres com alguma distopia genital entre outras.

Há medicações que tratam a incontinência, melhorando a função dos nervos ou músculos da bexiga ou uretra, assim como cirurgias que reparam lesões, anormalidades ou mau funcionamento dos músculos e tecidos do trato urinário. As duas alternativas podem ser associadas ou complementadas com a fisioterapia, visando evitar ou adiar ao máximo o uso de absorventes (fraldas descartáveis), cateteres para drenar mecanicamente a urina e até o uso de equipamentos externos para coletar urina.

A reabilitação fisioterápica tem se revelado um poderoso auxiliar no tratamento e na prevenção da incontinência, melhorando em muito a qualidade de vida dos pacientes. No tratamento são utilizados diversos recursos a fim de promover o bem-estar da paciente como:

• Cinesioterapia;

• Eletroterapia;

• Exercícios proprioceptivos;

• Orientações e modernas técnicas prescritas após minuciosa avaliação e reavaliação constante.

A atenção fisioterapêutica melhora e diminui as disfunções da estática lombopélvica, facilitando a função uroesfincteriana e promovendo até a correção de outras disfunções. Os portadores de incontinência urinária, prolapsos e dores relacionados às cicatrizes cirúrgicas no períneo podem e devem ser tratadas por esse método: simples, indolor e eficaz.

Dicas para evitar a incontinência urinária feminina

• Fortalecer a musculatura do períneo;

• Utilizar a musculatura perineal, ao realizar esforços físicos;

. Evitar e tratar a constipação intestinal (não forçar a musculatura do períneo ao evacuar e ir ao banheiro regularmente);

• Urinar com calma, deixando a bexiga se esvaziar completamente;

• Urinar regularmente a cada quatro horas, para evitar que a bexiga fique muito cheia;

• Beber água várias vezes ao dia para evitar infecções urinárias;

• Fortalecer o abdômen e ter boa postura;

• Fortalecer a musculatura perineal antes de fazer atividades físicas.


Fatores que podem predispor ou causar incontinência:

• Gestação e parto vaginal;

• Cirurgias abdominais ou pélvicas;

• Deficiência de estrogênio na menopausa;

• Tabagismo;

• Infecções urinárias;

• Deficiências hormonais;

• Acidente vascular cerebral, traumas e tumores medulares;

• Obesidade;

• Problemas intestinais;

• Uso de alguns medicamentos;

• Problemas mentais.


Drª Marcia Neves
Fisioterapeuta
Especialidades:Fisioterapia, Reeducação Postural Global (R.P.G), Pilates, Estética Facial e Corporal.
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